quarta-feira, 17 de junho de 2009

Relação vs Relacionamento


Entenda-se por RELAÇÃO o que tenho com um outro.

Por RELACIONAMENTO a "forma" como sou, estou e actuo, nessa RELAÇÃO.


Há uma tendência, generalizada, para incluir "tudo" dentro do mesmo "saco".

No entanto, a forma como me relaciono com o outro, é adaptada, adequada e até influenciada, pelos diferentes ambientes em que estamos. Pelo que podemos dizer que: Temos diferentes relacionamentos, dentro de uma mesma relação, com uma mesma pessoa.

Um caso simples, é o de uma família, marido e mulher que também partilham o espaço profissional, em que pode perfeitamente suceder ela desempenhar um cargo superior.


A relação entre cônjuges, é diferente, quando perante os filhos. A relação entre os pais, abrange o seu relacionamento pessoal, o seu relacionamento com os filhos, as suas diferentes famílias de origem, o seu ambiente profissional e até o social.

Se marido e mulher se complementam na sua intimidade, apresentam-se "equilibrados" perante o exterior a eles os dois.

No caso de uma pessoa solteira, a sua relação consigo mesma, com a família e os demais ambientes, é moldada, adequada de forma mais individual, na busca desse mesmo equilíbrio, complementar.

Todos sabemos, pelo menos os casados ou que já foram casados, como é diferente apresentarmo-nos como solteiros ou casados. Com filhos ou sem filhos. Seja em que ambiente for. E como essa diferença é cada vez mais importante, também, no meio profissional.

Até na forma como nos sentimos quando temos um(a) namorado(a) e estamos com ela(e), ou não, perante os outros.

Quando estou dentro do meu local de trabalho, a minha relação com os colegas muda conforme estou no espaço "funcional" ou fora dele, a conviver.

A grande questão é:

A "forma" que eu sou, estou e actuo nos meus diversos relacionamentos, estabelece as minhas relações.
Então que relações eu tenho?

  • boas
  • más
  • assim-assim
  • possíveis
  • sofríveis
  • porque tem de ser
  • porque SIM!

Como sofremos as influências externas dos vários ambientes por onde "circulamos", visto não sermos imunes ao que nos rodeia, vêmo-nos obrigados a adequar a nossa estratégia "interna" a esses mesmos ambientes. Caso contrário, passamos todo o tempo à defesa. Fechados. Sempre à espera que "a bomba" rebente. Para evitar isso, criamos várias "máscaras".

As máscaras começam logo desde que somos pequeninos.

Colocamos uma para o pai e outra para a mãe.

E vamos aprendendo a "sobreviver" criando e desenvolvendo outras e várias máscaras. Às tantas, já estamos tão dependentes delas que já não sabemos viver sem.

Conforme as várias máscaras que colocamos, assim estabelecemos relacionamentos que acabam por definir que relações tenho.(?)

Quantos de nós já não nos sentimos "apunhalados" por, durante um breve momento baixarmos as defesas, retirarmos a máscara que adequámos circunstancionalmente e permitimo-nos a revelar uma faceta nossa verdadeira, supostamente à pessoa correcta, num momento de total honestidade e vermo-nos confrontados com um: "não reconheço" esta pessoa. Quem és tu? O que és tu? Não te aceito ...

Isto dá-se, normalmente, quando dentro de nós salta uma necessidade intrínseca de estabelecer relações verdadeiras, sem máscaras, sem redes nem pára-quedas.

Dentro de um casal, dão-se conflitos quando para cada um, coloca -se a questão:

  • como ser marido e ser homem?
  • como ser esposa e ser mulher?
  • e acrescentar a isso o lugar de, Pai/Mãe?

Como "ser eu" em TODAS as circunstâncias, independentemente dos ambientes ou grupos que percorro?

Que consciência eu tenho de desenvolver para pertencer a determinado grupo?

Que sacrifico por, querer, pertencer-lhe?

Que sacrifico por não lhe, querer, pertencer?

Verdadeiramente.

QUE RELAÇÕES QUERO TER?


Este texto serve como reflexão para a abordagem Sistémica e Fenomenológica a desenvolver no Workshop de Constelações Familiares no próxino dia 5 de Julho em Lisboa.


Para mais informações ver: "ACTIVIDADES".


Att.


Luís Viegas Moreira



segunda-feira, 15 de junho de 2009

CASAMENTO

Agradeço a presença a todos os presentes no dia 14 de Junho no Workshop de Constelações Familiares sobre o tema: Casamento.

Uma vez mais, pudemos constatar como apesar de vidas "intrincadas" e "complexas" há possibilidades e oportunidades para ENCONTRAR e viver, uma vida melhor.

Por mais intrincada que seja a situação, há sempre uma possibilidade para colocar em ordem, no amor, a vida de cada um de nós.

E para quem duvida, desafio. ATREVE-TE!

Att.

Luís.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

CONSTELAÇÕES FAMILIARES

CASAMENTO

Domingo, 14 de junho de 2009

ver ACTIVIDADES

Vou estar ausente sem NET até dia 14

qualquer informação é favor ligar:

919 744 249

CASAMENTO - III

Enlace ou Desenlace



Após o ritual, segue-se um período, em que ambos, os membros do casal, são confrontados com uma vida em comum. E isso, antes de entrarem na rotina normal do dia-a-dia. Chama-se: LUA-de-MEL.


Pode-se dizer que vários casamentos terminam neste período, mesmo que o casamento se prolongue no tempo, por um ou os dois verem-se confrontados com a dura realidade "do outro", na sua natureza real, nua e crua.


A desilusão cai e as máscaras e os sorrisos tornam-se esgares. Começam os pensamentos tipo: "se eu soubesse... "


Claro que também se dá o contrário. Os dois entranharem-se ainda mais um no outro, fruindo no e com o outro num enlace que se aprofunda mais e mais, confirmando "todas as coisas" já "existentes".


O problema está em: No momento em que vemos o outro "nu e cru" à nossa frente, ainda o queremos?


Passamos toda a vida a escondermo-nos uns dos outros projectando falsas imagens.


Esquecemo-nos que por detrás dessas mesmas imagens estão processos mentais que os influenciam.


Determinante é: a forma. O como e para quê.


Igualmente, cada um leva a sua história pessoal e familiar para a união. E no momento em que "todas" se confrontam... podem ser, demasiado.


As justificações e as "impossibilidades" ficam por cada e para cada um. Só cada um sabe o que lhe vai "dentro". Na alma.


A questão que podemos colocar é sempre. Qual o propósito maior? Desta união?


E aqui, cada um está por si e avalia, avalia-se e decide.


Estou disponível para abraçar este propósito?

Não? Então porque disse sim?

A que impulso, verdadeiramente, respondi?

Ao meu, ou ao de um outro?


Por vezes somos "empurrados" por circunstâncias que nos superam. Externas.


  • Família
  • Tradição
  • Destino ...
  • Dinheiro
  • Estatuto ...
  • Tinha de ser.
  • Filhos
  • etc ...


Podemos sempre encontrar milhares de justificações, mas raramente sabemos bem, o porquê. E então a resposta é:

- Porque SIM.

E é tão válida como outra qualquer.


Em um casamento encontramos alguns "destinos" possíveis:

  • Aguentar. Fuga / Ausência (a forma mais vulgar de "aguentar")
  • Divórcio.
  • Viuvez.
  • Felicidade e sentido de realização profunda.

"Aguentar":

É normal, nestes casos dar-se a "ausência" de um dos membros do casal. Normalmente, é o homem que se ausenta na procura de melhores condições de vida para a sobrevivência da sua família. Cria assim, um fosso. Na sua ausência, a mulher sente necessidade de encontrar apoio, foi para isso que casou, se há filhos, um deles irá ocupar esse lugar deixado vago pelo pai. Regra geral, o mais velho.

Pode dar-se o caso de o pai estar presente mas ausente. Residir diariamente na mesma casa e todos os dias ver os filhos mas de, efectivamente, não estar "presente". Mais uma vez, um dos filhos tomará o seu lugar, para equilíbrio familiar.

Atenção. Os filhos não procuram "tomar" o lugar dos pais. Fazem-no para manter o "equilíbrio" na família. Quando um pai ou uma mãe se "ausenta" da família, um dos filhos, tomará o seu lugar. Protegendo e cuidando como se "do outro" se tratasse. Depois queixam-se das "irresponsabilidades" das "crianças". A verdade é. Onde estão os pais?

Divórcio:

Terminar uma relação deixa sempre marcas. Sonhos destruídos. Objectivos. Propósitos. Relações íntimas despedaçadas. Embora hoje em dia, "as coisas" sejam relativamente "simples", o terminar algo que não resultou é um "falhanço". Uma derrota! E este, é o maior perigo.

Encarar um divórcio como uma derrota. Culpabilizar o outro por isso, ou a nós mesmos por isso, não acrescenta "valor" ao que se viveu. Todos somos heróis porque aceitámos passar por processos que foram dolorosos. Não há pelo que se vangloriar. Não há pelo que se "envergonhar". Tinha de ser. (ponto). Há uma mensagem "oculta" que a seu tempo se tornará, clara.

Viuvez:

A morte de um companheiro, por muito ou pouco tempo que se tenha vivido a seu lado, deixa sempre marcas. Sente-se um vazio. Uma ausência. A complementariedade que existia, partiu. Foi-se. Aqui, podem suceder diferentes, "continuações".

Uma Viuvez Saudosa. Uma permanente viuvez em que não há espaço para o novo. O ausente deixou uma "marca" presente tão forte no que fica que este não consegue disponibilizar-se, por vezes nem está aí, para uma nova realidade a dois. Desta forma, a união continua "presente" no que ficou. Isto não é bom, nem mau. É como se cumpre.

Uma Viuvez de Luto. Há lutos que perduram porque o que fica, não consegue "soltar-se" da sua imagem "colada" há do que partiu. Não se consegue libertar. Como se fosse uma espada de "dâmocles" sempre presente, sempre vigilante e "perseguidora". É uma "prisão", um destino, o permanecer sempre "colado" a essa imagem. Até "os outros" há nossa volta, parecem incentivar a "esse destino". Por tradição, costumes, ou mesmo até, mesquinhez. Nunca se sabe onde começa ou termina algo, até que seja, "exposto" e a verdade, revelada.

Viuvez Madura: Faz-se o Luto. Soltam-se as amarras e volta-se a soltar as velas ao vento. Para onde? Por aí. Sempre em frente. Quando uma viuvez é bem "entregue", permite um novo respirar. Não há mais a "ausência" do que foi, mas a "existência" do que fica e sente ainda ter "algo" por realizar, a dois.

Felicidade e Sentido de Realização Profunda.

"E foram felizes para sempre" é uma boa forma de, começar. Quando estamos em relações em que nos sentimos profundamente realizados, é importante não permitir que o "lume baixe". E este "lume" não é só em termos erótico-sexuais mas também de um cuidar permanente de si e da sua relação com o outro. Tomar e dar em profusão e igualdade gerando complementariedade no sentido de que: cada um sente, toma e dá de forma diferente, mas em que encontraram a forma harmoniosa de o fazer um para com o outro. Um equilíbrio assim gerado, dá profusão à criação de novos estímulos que se vão diferenciando e modificando, adequando-se, com o passar do tempo e dos anos.

Não há limites.

Uma relação feliz é plena de amor e liberdade.

As liberdades não se atropelam. Elas encontram-se. Fundem-se. Tornam-se uma só. Sente-se no respirar. No olhar. Na expressão mais simples do "eu" para com o "outro" "eu".

"EU" e "EU", somos "EU". Em mim e no outro.

Experienciar e viver "isto", é o sonho realizado de todo o "enlace" amoroso.

Os sonhos podem tornar-se realidade. A vida dá-nos sempre a oportunidade de os realizarmos. Se nos abstivermos de os realizar à força, "porque sim", então, eles, tornam-se possíveis em sua própria natureza.

E o tempo, o tempo está sempre à nossa espera.

Como uma promessa, a realizar.

Enlace ou Desenlace

É a 3ª parte do tema CASAMENTO [aqui] que serve como reflexão e abordagem ao Workshop de Constelações Familiares a realizar dia 14 de Junho, em Lisboa.

Att.


Luís Viegas Moreira

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CASAMENTO - II


A CRIAÇÃO!



Desde tempos imemoriais que o Casamento é a União dos opostos:
  • Homem e Mulher
  • Sol e Lua
  • Céu e Terra
etc.

Dessa União gera-se, VIDA!

O Ritual do "acasalamento" era precedido de festas aos Deuses a favor da Boa Natureza, de forma a que da união entre Homem e Mulher fosse dada a Autorização a uma boa "linhagem".

A descendência da família, tribo, povo, ... ou civilização, dependia de um bom "acasalamento". Uma boa União entre homem e mulher deveria assegurar a sua, "sobrevivência".

Assim, o momento inicial da "Criação" numa família, dá-se no momento em que se estabelece "essa" União, perante os seus pares e através de bons augúrios, pelos DEUSES.

Conforme as crenças, também havia épocas propícias para esses rituais. Regra geral, davam-se com o despontar da época da Primavera e incidiam sobre os ciclos da Natureza.

Em ritos mais antigos, nomeadamente em regimes matriacais, era escolhido um homem entre o Povo que durante meses iria ser tratado e cuidado com todo o esmero, para ser sacrificado no dia do ritual. E era uma honra, para os homens, poderem estar nesse, "papel".

Os conceitos poderiam variar de tribo para tribo, e entre os Celtas havia a sagração da Primavera e da Vida com as festas ao "Rei Veado".


Assegurar a continuidade da "Criação" prometia uma descendência e a sobrevivência de um povo, sempre periclitante, tal como uma suave mutação das estações do ano assegurava uma boa colheita e caça abundante.


Hoje em dia, parece que o mais importante tornou-se em, assegurar a "permanência".

O casamento, cada vez mais, deixou de ser um "acto criativo" mas um assegurar de um estado de, "não sozinho".

Talvez por isso, cada vez mais, os pais não têm tempo para os seus filhos.
Estes, crescem em escolas ou colégios, "guardados" dentro de casa(s).

Aos 18 anos, ou aos 22, conforme, os filhos saem de casa e vão-se embora, para longe. Estudar. Trabalhar. Já não permanecem nas suas famílias de origem e se o fazem, é porque não há condições para algo "diferente". Assim, deslocam-se e procuram companheiros que lhes assegurem essa sensação, de uma falsa segurança, de "permanência".


O que foi um acto criativo, contudo, ainda permanece em nós, mas mais como um sonho a ser realizado, tornado realidade do que por um motivo intrínseco de "Criação".

Cada vez mais, tem-se filho(s) com um(a) parceiro(a) e criamo-los com outro(a).
O que assegura a continuidade de um "BOM ACTO CRIATIVO" é assim, transferido.

E andamos a transferir competências naturais de uns para os outros e as gerações futuras irão ter, cada vez mais, dificuldade em reconhecer, o "sentido de pertença real".

Aqui, podemos alegar uma "série" de incompatibilidades que justificam essa, "transferência".

Daí, a necessidade cada vez mais premente, de um sentido de regresso. De regresso "à Terra".

Os filhos de pais separados, o que mais querem é promover à União da família. Procuram assegurar a um bom retorno, a esse sentido original, "a uma boa descendência". Quando não o conseguem, invariavelmente, carregam consigo o "ónus" dessa "falha". Consciente/Inconscientemente.

A grande preocupação social de hoje, é assegurar às crianças, um bom "enquadramento familiar".

Mas que "enquadramento" é esse?
Não vou entrar por ai. Cada um que reflicta por si.

E aos pais "transferidos" dessas crianças, como "enquadrar"?


Nos dias de hoje, assistimos a uma proliferação anormal de regras que asseguram ritos e rituais cada vez mais simples e mesmo banais, de enlaces matrimonias, retirando força e carácter a essa União Criativa Original.

Assim as questões colocam-se.

  • que casamento
  • família
  • união
  • propósito e
  • vida em comum
  • estou disponível para gerar?
Que "olhar" sobre a minha descendência, eu tenho?

Que responsabilidade é, a minha?


Como posso eu, ser "Criação" e Vida?

Que DISPONIBILIDADE, para isso, eu tenho?


... ... ... ... ... ... ... ...

A Abordagem Terapêutica Sistémica Fenomenológica, pode responder a estas e outras questões do princípio Criativo e do lugar que ocupamos, na família.
Qual o nosso "papel" e o porquê de o representarmos.
Onde perdi, na família, o impulso "Criativo" que consequências tem e como recuperá-lo?
Entre outras questões.




A CRIAÇÃO é a 2ª parte do tema CASAMENTO [aqui] que serve como reflexão e abordagem para o Workshop de Constelações Sistémicas e Familiares a realizar dia 14 de Junho, em Lisboa.
Att.

Luís Viegas Moreira



terça-feira, 2 de junho de 2009

CASAMENTO - I

Enlace. União. Coabitação. Família.
ou
ENCONTRO?...

Actualmente, o casamento entra no nosso entendimento e "soa-nos" de duas maneiras opostas e bem distintas.

- Como música para os nossos ouvidos.
- Como epitáfio para a nossa "vida".


Para os que se encontram na 1ª opção é:
  • um ideal romântico ou romantizado, até à realidade;
  • ou, como "algo" a que sentem um apelo profundo onde tudo se consubstancia e torna força motriz para a sua vida e existência. (Seja por movimento de dependência, ou por movimento de impulso a uma união em Amor que Liberta).

Para os que se encontram na 2ª opção é:
  • um ideal romântico que correu mal.
  • uma dor lancinante por lealdade a memórias familiares/amigos, etc.
  • não quero ter filhos. (como se as duas coisas fossem, inseparáveis).

Hoje em dia procura-se cada vez mais a satisfação pessoal, do que um encontro.

Temos tendência a confundir Amor com desejo e paixão com "fusão".

Amor, sexo, paixão e prazer fundem-se numa linguagem e busca que quando corre mal, servem como arma de "arremesso" para uma "satisfação íntima" que se esgotou.
Eu não lhe agrado? Porquê?
Não gosta de mim? Que mal eu fiz?
Pensei que me falavas a verdade.
A satisfação passou a ser o "mote"; a realização, o sonho.
Quantos casamentos se esgotam após a lua-de-mel?
O que me aproxima ou afasta, do outro?
Estarei eu, lá?
Sim?.
Não?...
O sentido de posse e o sentido de pertença, não se misturam.
São vínculos diferentes.
Possuir o outro em mim, não é o mesmo que "pertencer ao outro".
Possuir o "outro", é a necessidade de não deixar o outro fugir para que os meus anseios possam realizar-se. E isto pode ser conseguido de muitas formas.
  • Sedução ...
  • Chantagem - física, emocional, psicológica, financeira, etc.
  • Ciúmes - Sim, ciúme não é prova de amor, é mostra de desamor próprio.
  • Vínculo a uma Imagem interior que temos sobre parceiro ou, relação.
  • etc...

Pertencer ou outro, é outra coisa...

Pertencer ao outro é um vínculo por afinidade, onde pertencer engrandece e faz sentir livre para amar. Tomar e receber do outro em igual harmonia e completude. Em profunda consideração pelo outro e por si mesmo. Onde objectivos e propósitos íntimos, interagem harmoniosamente.

O sentido de pertença mútua é um encontro que transcende a compreensão lógica. Mas para os próprios, é, um ENCONTRO "previamente separado" no céu.

Quando os dois, sentem o mesmo, pode ser, ... assustador.
Invulgar. Rasga todas as ideias e convenções. Lealdades e imagens internas que tínhamos como que asseguradas como, verdadeiras. É um desfazer de estruturas previamente elaboradas para dar resposta consentânea com os nossos receios, medos...

Por isso, podemos levar tanto tempo a viver em estruturas pré-concebidas que desviam-nos do que é, verdadeiro, para tentar fugir ao que sabemos, ser VERDADE e ao mesmo tempo, corresponder aos anseios dos outros e das imagens, em que nos vemos a viver uma realidade que de facto, não é a nossa.
Quando nos "apercebemos" disso, podemos então escolher:
  1. Permanecer; com medo de viver de acordo com uma escolha interna mas que é, insegura (a liberdade é sempre insegura - ainda não sei porque escolhemos passar a maior parte da nossa vida a "tentar" segurar a Liberdade) e passar a vida a remoer.
  2. Dar um "coice" na situação, pensando livrarmo-nos dela. Regra geral para, mais à frente, voltarmos a revivê-la achando que já a resolvemos, sem perceber porque é que depois, vai dar no mesmo. Às vezes destruindo, ainda mais, as nossas estruturas internas.
  3. Sair. Largando as estruturas que temos. Abraçando a vida, acolhendo-a com o que tem para nós e dando em igual profusão.
Simples?... e é, quando compreendemos que seguir a verdade, que o nosso íntimo apela, realiza-nos a níveis mais profundos. E desse sentir realizado, tudo, mas TUDO mesmo, torna-se possível.
Quando dois seres se encontram, recriando-se num reconhecimento mútuo em igual profusão amorosa, é "o momento" para decidir que "caminho"(?) seguir.

ENCONTRO é a 1ª parte do tema CASAMENTO [aqui] que serve como reflexão e abordagem para o Workshop de Constelações Sistémicas e Familiares a realizar dia 14 de Junho, em lisboa.
Att.

Luis Viegas Moreira