Neste ano de 2009 tenho notado uma mudança efectiva no comportamento das pessoas. Vejo-as mais desesperadas, alienadas, alucinadas, cada vez mais fora e menos dentro. A busca, quase desesperada, de uma resposta que traga paz às suas vidas. Contudo, vejo-as a procurarem as mesmas coisas, para obterem respostas diferentes. Se não são as mesmas coisas, são coisas diferentes procuradas da mesma forma. Resultado? Reforço da ilusão.
Quando à noite nos deitamos e rezamos aos anjinhos e ao levantar aos mestres, sinceramente, que resposta pretendemos obter?
Hoje em dia fala-se muito em, "luz".
Toda a luz que existe na vida, é luz reflectida. A luz directa, directamente do sol, essa, não a conseguimos olhar. Temos de fazer um esforço tremendo e só através de lentes especiais. Assim, resta-nos olhar para o seu reflexo e acreditar ser o original. Então, andamos de reflexo em reflexo, à procura do "eu", em cada outro.
O que é que esperamos obter?
"O outro devolve-me o que preciso de resolver em mim"; como se a terra reflectisse a luz ao sol para "ele" ver como "ele" é.
O que a terra devolve ao sol é o resultado do efeito do que um tem sobre o outro e a isto chama-se "efeito ressonância" Porque a luz do sol cai sobre "zonas" diferentes do planeta, logo o planeta vibra de volta efeitos de luz diferentes. A ressonância dá-se por vibração.
A vibração dos elementos e dos corpos.
Os outros, devolvem-nos aquilo que deles, em nós, não está resolvido. É por isso que andamos aos empurrões. Quando encontramos alguém que não ressoa com a nossa "dor", porque mais diluída ou ausente, sentimo-nos em paz.
Quantas vezes, ao dia, é que dizemos algo realmente verdadeiro? Honestamente?
E o que obtemos realmente em resposta a essa verdade que acabámos de transmitir? É realmente "verdade"?
Tenho ouvido muitas pessoas a dizer que devia haver mais amor na vida. Porquê? Porque a verdade é a dor. A que trazemos, a que é nossa e a que, dos outros, vamos atraindo. E atraímos porque em nós ela vibra como um campo de atracção. Não, quando, raras vezes, sabemos no que nos estamos a meter e não deixamos de o fazer. Porquê? Porque ressoa. E para não ressoar tem de ser limpo. Liberto do que o cria.
Ai o amor, esse inestimável valor que procuramos incessantemente como propósito único e maior de uma felicidade incomensurável, só existe, no silêncio.
Por isso, façam-me um favorzinho ...
1 comentário:
sem comentários. palavras para quê...
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