E dizem, porque o que é essencial à vida, é, de facto, simples.
Mas para que "a coisa" não seja assim tão fácil, "surge", o Homem.
O Homem, não é simples. Talvez por isso é que passa a vida inteira a tentar simplificar a sua vida. Como não sabe, só complica. Para ajudar à festa, vem a mulher. O lado emocional (e emocionante - emotivo) da acção, o que acolhe a criação.
A mulher, ou lado feminino, traz um elemento altamente perturbador para a simplificação das "coisas". As emoções.
As emoções toldam por completo o raciocínio mais elevado. Puxam-no para baixo, de encontro a um turbilhão sem nexo ou direcção. O Homem que já tentou explicar algo a uma mulher que ela não entende, só obtém duas respostas. Gritos, de incompreensão, ou choro; porque dói "ver". Quando não, os dois. O mesmo sucede quando um homem entra numa expiral depressiva. Por isso é que só um Homem, desapegado, desse turbilhão, consegue manter-se à tona e levar a aceitação a uma mulher. Eu não disse compreensão.
- [Num estado de turbilhão emocional não há lugar à compreensão. A mulher (ou um homem em estado depressivo) só consegue aceitar ser "guiada", embora não compreenda, "o porquê". Quando o homem persiste para lá das suas capacidades, em tentar explicar algo, entra em frustração e aí, dão-se os "acidentes"].
Todavia, as emoções bem direccionadas para propósitos mais elevados que a própria compreensão de algo, ou a uma aceitação, transportam o Homem a níveis de desprendimento do "complicado". Quando as emoções deixam de ser um problema, o Homem encontra uma paz interior, porque já não vive em conflito consigo, com os outros e com o Mundo em que vive.
É através deste turbilhão de emoções que somos todos chamados a, largar, atravessar, que o Homem pode almejar encontrar-se. O processo práctico é retermo-nos no que é essencial, sem dramas, simplificando processos e a vida. A compreensão virá por meio da aceitação. A isto chama-se, vulgo: "salto de fé".
A única forma que há, de sair de um conflito com as "emoções", é propor um salto para um nível onde esse turbilhão de emoções, já não tem cabimento. Aí dá-se, "um espanto"! Só perante uma realidade mais elevada, essas emoções se esbatem e caiem, por si mesmas. A isto chama-se de: "elevar o tom de vibração".
Tal como o som de um instrumento, à medida que se sobe na escala, o som vai tornando-se mais cristalino. Puro. Ausente de vibrações (parasitas) escuras. É dessa pureza cristalina que vem o apelo a um encontro harmónico, entre o "ser"e o seu, mais profundo, "eu".
Para nos retermos, em cada momento no que é essencial, é necessário estarmos, sempre, no momento presente. Viver o presente no estado, "ser e estar presente" ao mesmo tempo, a cada momento. Onde não há emoção, nem razão. Sem memórias. Sempre que o fazemos, simplificamos a vida. O nosso "olhar" não está carregado de todas as coisas passadas, do passado e das suas subjectividades, expectativas, ânsias, desejos, objectivos, projectos, necessidades, julgamentos, opiniões e de todas as outras coisas - a lista é interminável - que carregamos sempre connosco e que procuramos harmonizar para levarmos uma vida mais, ... leve(?).
A outra forma de retermo-nos no essencial das coisas em si mesmo, é: embora tendo "consciência de TODAS as coisas" não permitir que elas influam em algo.
Por quanto tempo o conseguimos fazer?
Um? ... Dois? ... Três? .... Quatro(?) ... Cinco(?) ... SEGUNDOS?
Ora experimentem...
Se fosse assim tão fácil, não precisaríamos de meditar (pois não?) e procurar mil-e-uma técnicas para atingir esse estado de "ser e estar presente".
Onde o essencial, a cada momento, é simples.
Ora experimentem...
Se fosse assim tão fácil, não precisaríamos de meditar (pois não?) e procurar mil-e-uma técnicas para atingir esse estado de "ser e estar presente".
Onde o essencial, a cada momento, é simples.
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