terça-feira, 25 de agosto de 2009

Medo e Ego - Conclusão

do Workshop de Constelações Familiares sobre o tema.


Gostaria de agradecer a todos, a sua presença, pelo muito que contribuíram para o bom desenrolar e pelo que cada um pode dar e levar, consigo.


Cada um teve a sua experiência.
Cada um passou pelo que em si há para "olhar".
Cada um levou a sua "palavra".

As palavras têm movimento. Carregam uma energia própria e remetem para um significado mais profundo do que o que hoje em dia lhe é dado.

A "palavra" está cada vez mais desvalorizada porque tem-lhe sido gradualmente retirada a sua característica intrínseca, do que realmente significa e quer dizer, ou expressar.

E isso dá-se porque também estamos cada vez mais desligados da natureza, dos seus valores primordiais, logo cada vez mais longe, de nós mesmos.

É necessário religar a conexão entre a palavra, o que expressa e o seu significado mais profundo.



Assim, concluo com o seguinte.


Há medos que são "nossos".
Outros que nos são transmitidos.
Outros que aceitamos por amor a um outro.

Aprender a lidar com os nossos medos mais profundos liberta por permitir um nível de compreensão mais profunda das raízes da sua origem.

A verdade liberta. Por quê? Porque permite-nos saber com o que estamos a lidar. E quando sabemos com o que estamos a lidar, acende-se uma luz com a qual podemos ver o que temos para enfrentar.

Deixamos de estar no escuro.

O Ego opera na manutenção desse escuro e ajuda-nos a andar nesse escuro o melhor possível, até aprendermos a andar sem tactear, aos tropeções, ou, e até aprendemos a correr. Sim, o Ego é um manancial riquíssimo de habilidades que aprendemos a utilizar, no escuro.

É a nossa armadura que nos protege de todas as coisas que "precisamos" proteger.

E não se enganem, as únicas coisas das quais nos precisamos "proteger", são as coisas que nos magoam. O que não nos magoa, é o que trazido à luz, perdeu a "força" de nos magoar, porque de facto, é inofensivo.

Quanto mais nos agarramos às nossas dores, mais defesas desenvolvemos para as evitar, até chegarmos ao ponto de não sentirmos, mais nada. Insensibilidade. Para com os outros, mas, pior, para connosco mesmo.

Para mim, a palavra que vos deixo é: VERDADE!

A única palavra que conheço que nos traz do escuro para a luz!


A todos o meu bem hajam e que a VERDADE, vos acompanhe.



Att.

Luís Viegas Moreira.







2 comentários:

Marta disse...

Por vezes é extremamente doloroso vermos e ouvirmos certas coisas.
Tão doloroso que nos apetece desistir do trabalho que um dia nos proposémos fazer: mudar!
Mais uma vez muito obrigada por esta possibilidade de crescimento pessoal...

Sara Monteiro disse...

O medo faz-nos parar...
com dor e sofrimento,
não perdoa
faz de nós o que quer ,
faz-nos afundar...
devagar...
com dor

O medo não é mais que o EGO...
esse que ouvimos na nossa cabeça
tira-nos a humildade e força de vontade...
tira-nos VIDA...

O medo, esse,
nunca será vencido pela força bruta
mas pelo abraço forte e suave de um amigo
que nos traz aquela única arma...
o AMOR!