Feliz dia de Natal.
Será?
Supostamente é o dia em que todos os familiares se reúnem na esperança e desejo de poderem voltar a sentir o calor humano de protecção e amor da sua infância.
Mas será bem, assim?...
Bem, a vontade e o desejo continuam lá, mas, ... é o que acabamos por fazer?...
Quantos de nós fazem um esforço para voltar a esses dias bons e na base dessas memórias procuram recriar um ambiente festivo e alegre, quando a vontade, por vezes, é de lá chegar e mandar, uma BOMBA e enviar toda a gente para o espaço?.... Pois é!
Acabavam-se os problemas e os conflitos.
As necessidades por cobrar e os haveres por dar.
Os municiadores de conflitos desapareciam e a Paz voltaria a reinar, mas depois, bom depois não havia "com quem partilhar?"
Pois é.
Mas aí já estamos instalados. Nesse lugar.
No lugar onde não há com quem partilhar.
O lugar onde sofremos sozinhos e aguentamos o que há para aguentar numa frustração sempre à espera de ser "resgatada".
Mas, .... será a melhor forma?
Encostados na nossa dor que conhecemos como à palma da nossa mão, não encontramos novas soluções.
Elas, são sempre, todas, a mesma.
Uma Bombinha e.... espaço que lá vão elas(es).
TODOS!!!
Dai que o refúgio seja voltar à meninice onde houve um tempo em que o Natal era, Perfeito!!!
Toda a gente à nossa volta e nós a rodopiar a alta velocidade que nem piões no parque soltos e alegres numa velocidade que punha toda a gente louca de alegria e até as "tias" mais chatas eram mais tolerantes nesse dia.
Bom, talvez não tenha sido assim para todos nós, mas sabemos qualificar a nossa memória referente a esse dia como um dia especial. Que nos marca. Seja para o bem, seja para o mal.
E é aqui que reside, o "problem"!
Da forma como qualificamos o "problem", nasce o trauma.
E é o trauma que nos acompanha ao longo da vida e nos faz companhia nestes dias em que volta tudo ao de cima perante a inevitabilidade de olhar, o nosso passado e a nossa existência em família.
E é neste dia que podemos, MUDAR O CURSO À NOSSA VIDA.
É perante a inevitabilidade de ter de "olhar" e confrontar as nossas mágoas que podemos tomar duas posições.
- ou nos acomodamos e continuamos, aguentando o melhor possível.
- ou encaramos e temos «aquela conversa» que está pendurada à demasiado tempo.
Só mediante uma apresentação de reconstrução do caso/memória, pode o outro tomar para si, o que promoveu.
Até aí, .... até pode saber mas, para si, não ter tomado as proporções que para o outro, tomou.
Assim, uma calma e descritiva apresentação do facto, pode promover no outro um reconhecimento que o liberta e por sua vez, a nós do peso que carregamos de tão tamanha memória causal.
É o que hoje tenho para vos dar e recordar.
Apresentem o vosso caso diante daquele que vos pode libertar através do reconhecimento.
Que a compreensão inspire à resolução e que a Paz, inunde os corações e mentes de todos.
A hora da Liberdade chegou e começa...
AGORA!
Feliz Natal.
Luís mvm