Já iniciámos mais um ano da CLASSE de VOZ.
Parece que de ano para ano quando já não é possível ir mais fundo e subir mais alto, o trabalho dispara em profundidade e subida de "tom".
As revelações continuam e começamos a entregar o corpo ao movimento das palavras e o corpo transmite ainda mais o que está "incrustado" em nós.
Os movimentos, perros de liberdade, combinam na perfeição com o "tom" em que as nossas palavras saiem.
Gostava que me dissessem quantas pessoas, conhecem que quando cantam, estão a sorrir.
Pois É!!!
E nós pelo mesmo caminho vamos...
As canções têm nas palavras, os dramas dos que a escreveram e os daqueles que as cantam.
Se o cantor escreveu a canção então, há ainda, maior amplificação!!!
E é isso; "o que comemos".
Assisto cada vez mais ao empenhar da nossa vida nos "dramas cantados" que vamos vivendo.
Sempre que um aluno consegue cantar saindo do drama da canção, a verdade é que ela, canção, torna-se "diferente". E aí, dependendo do cantor, inútil ou Brincável.
Não é por acaso que o sentido de humor é tão importante.
É ele que nos permite sair do drama e olhar a vida de uma forma, "desprendida" do drama.
E o "drama" está presente em tudo o que fazemos na nossa vida.
Está presente em cada um de nós.
Então, como sair dele?
Vamos ver comédias ou programas de diversão para rir!!!
Sair do drama.
E quando o fazemos, ao cantar somos muito mais nós mesmos e autênticos no que cantamos.
Pois a "história deixa de ser nossa e passa a ser de quem a quiser agarrar.
E isso, liberta-nos do "peso" de a carregar.
Ser responsável no "canto" não é "viver o drama". É permitir que "o outro" o viva. De acordo com a sua sensibilidade.
E se trouxermos isso para a nossa vida, práctica, então as mudanças à nossa volta, começam mesmo a acontecer.
Não é por acaso que se diz: "Quem canta seus males espanta".
Pois.
Está a expressar e a deixar sair os seus próprios dramas que se encontram nos textos das canções.
Mas quando os falamos, aí a história é diferente.
Porque não é suposto estarmos a representar um papel e por isso não somos reconhecidos como "actores/cantores" no acto de representação.
É aqui que os dramas ganham peso e substância.
É aqui que é necessário começar a diluir a nossa representação de dentro do drama. Sair para fora dele e sorrir ao vê-lo lá dentro, continuamente às voltas...
E constatar que a vida é uma plena ironia.
Que é bem simples.
Sem dramas.
Att.
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