sábado, 18 de setembro de 2010

Conclusões ...



Ele há coisas, ... enfim.


No outro dia fui abordado por uma pessoa que dizia "querer ajuda", A minha ajuda. Perguntei "para quê?" - "porque a vida corre-me mal e preciso que me diga o que fazer e como fazer". Respondi, perguntando novamente: "para quê?" ... e a pessoa lá foi "discorrendo" uma série de situações da sua vida. Mas depois fazia inflecções e começava a fazer considerações sobre o seu próprio "problema". Às tantas, pergunto: "Se já sabe a resposta, para quê, a pergunta?" - As pessoas gostam muito de fazer isto. A pessoa então apercebe-se de que a sua pergunta, não era de facto, uma pergunta. A sua aflição não era de facto, uma aflição. Por vezes confundimos "aflição" com "pressão". E há vários tipos de pressão.


Então a questão, é.


Para o que é que andamos a "olhar" e temos a cabeça "enfiada"?


... ... ... ..


O nosso pensamento serve para nos distrairmos. E enquanto andamos distraidos não temos de "olhar" verdadeiramente "o" que nos está a "pressionar" a fazê-lo, como "moto" de fuga. As distracções servem como alívio. Mas há "alívios" que nos afundam e deprimem. Por isso mesmo, não deixam de ser, "uma boa fuga". Assim, alheados, não precisamos de "ver" nem de encarar "o que nos incomoda" e faz, ter de tomar decisões das quais a maior parte só serve para nos alhear e magoar mais.


O que é complicado, é que já nos habituámos tanto a esse conflito que nos aferrolhoamos a "ele" como nosso. Ai de quem nos queira livrar de um problema. É "meu"! E "tu", não tens nada a haver com isso.

Por acaso tenho. Temos! Ou não houvesse por aí tanto filho a matar os pais e vice-versa, maridos e esposas... os filmes de Índios e Cowboys eram (são) bem mais simples.


Isto faz-me lembrar uma outra situação em que uma pessoa veio ter comigo a pedir "explicações" sobre as circunstâncias da sua vida. Sobre o que se estava a passar com ela. Mediante o que se me apresentava fui esclarecendo. Mas há momentos em que as pessoas "não querem" VER!!! E continuam a insistir, a pedir. AJUDEM-ME!!! Mas, se não o fazemos, somos uns insensíveis. Se o fazemos é porque já estamos a insistir demais e somos sei lá o quê... de facto, o que é que se há-de fazer com quem já sabe a resposta, mas não quer ver e ainda reclama porque pede para ver, mas não quer largar os óculos??? Programação Vítima-redentor? ou o eu interior a dizer depois "eu bem te avisei que daí só viria o que ela já sabe. Não o que quer ver/saber". Confesso que este meu eu interior às vezes apetece-me mandá-lo à fava. Mas que funciona, funciona.


Não se pode salvar a donzela que não quer ser salva.

Não se pode ajudar o cavaleiro que não quer sair da armadura.


Só se pode agradecer a oportunidade, para continuar o nosso caminho.


E continuarmos a ouvir este nosso "eu interior" que sabe mais da poda, do que o jardineiro.




Att.



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