segunda-feira, 7 de junho de 2010

ESCOLHAS - Conclusão


Quais os verdadeiros impulsos por detrás das nossas escolhas?

Verdadeiramente, o que nos leva, a...?

E, para onde, de facto, queremos voltar e "alinhar"?...


Estas questões puderam ser vistas e aclaradas pelo grupo que realizou o WS de Constelações Sistémicas - ESCOLHAS, ontem.


De facto, foi importante observar e constatar, o alívio que sentimos ao retornar ao alinhamento inicial com o fluxo da VIDA, saindo do "modo Sobrevivência" em que estamos.

Acontece, que mais do que um acto puro de "Realinhamento", é o retorno ao 1º momento de vida, ao estado puro sem estratégias, que nos devolve ao fluxo da vida.

Fluxo da vida para onde TODOS brotamos, assim que nascemos, da fonte.

Quando estamos integrados no fluxo da Vida, as escolhas não são o mais importante.
O que é verdadeiramente rico, é: Estar e Ser, Vida.
Num fluxo constante e pleno de Amor.
O fluxo que nos leva, à Liberdade.

O que nos conduz a ele, é a nossa responsabilidade.


Passamos a vida toda no registo "modo sobrevivência", procurando ser responsáveis para as necessidades, para com os outros.
Damos tudo, para os outros serem felizes.

Pais. Filhos. Irmãos. Família. Patrão. Empresas. Amigos. etc, .. etc..

De facto, no modo sobrevivência, essa, acaba por ser a nossa verdadeira, responsabilidade. Fazendo com que o Amor não seja mais do que o somatório de responsabilidades.

Depois, como somos muito responsáveis, procuramos a troca. Reconhecimento.

Esse, só vem de acordo com o que os outros, em nós, reconhecem. Jamais de acordo com o valor intrínseco do nosso valor responsabilidade.

É aqui, que nos perdemos.

Depois, vêm as cobranças. As exigências. Os ciúmes. As invejas. A ganância. A necessidade de poder para controlar a nossa falta de reconhecimento, vulgo - Amor.


É assim que as ESCOLHAS se tornam a base de toda a nossa estratégia de sobrevivência na vida. À margem do fluxo da vida.
Na berma.


No entanto.

A nossa verdadeira responsabilidade, é voltar ao fluxo da vida.

Voltar ao verdadeiro caminho, de regresso, a casa.



Em resultado dessa aproximação, foi observar e sentir, de acordo com a história de cada um, a beleza, a libertação que existe na vivência desse encontro, no regresso ao verdadeiro fluxo de AMOR.


A todos os participantes, o meu profundo agradecimento, por terem tornado possível, esse acontecimento.


Att.



7 comentários:

Unknown disse...

Bem! Luis ... este teu "rodapé" é a estrutura da casa inteira que vivenciei ontem. Foi muito bom o regresso a casa, sinto uma serenidade e um amor TOTALMENTE LIBERTADOR. Obrigado pela ironia, pelas palavras, pelos trilhos, e pela ... maionese. ;-)

António

Fátima disse...

Os sentimentos e as emoções não podem ser traduzidos em palavras...
SENTEM-SE.
Por isso Luís, apenas posso dizer BEM HAJA, por tudo o que vivenciei e por toda a serenidade que sinto.

Fátima

Anónimo disse...

A maionese...
Constança faz maionese: uma gema, uma colher de mostarda, azeite em fio, sal, pimenta. Durante o processo, Constança tenta controlar o tremor que lhe aparece durante as tarefas de maior tensão. A maionese é um milagre da cozinha, um mistério ao nível dos mistérios do amor: uma coisinha de nada e deslaça. Um movimento brusco, um sopro no fio de azeite, a mão tremelicar e pode ser fatal. Qualquer coisa pode ser fatal e nunca sabemos o quê. Não vale a pena moer a cabeça a procurar as razões: seguimos o livro à risca mas ela deslaça na mesma, imune à razão pura, ao saber e à "técnica", inexplicável como o amor.

A maionese foi inventada por um condenado à morte que se tinha de superar para ser salvo. Cada vez que se parte o ovo e se começa o processo de lenta e miraculosa simbiose entre a gema e o azeite, repete-se através dos tempos a força voraz daquele condenado, o tipo que precisava de um milagre e inventou a maionese. Só um condenado à morte poderia conceber a maionese, é uma invenção que nasceu do desespero.

O que tem a maionese que é tão bom para fazer metáforas? Tem isso de lembrar a perfeita simbiose do amor - que acontece quando calha - e isso de tudo deslaçar sem que se perceba porquê. E precisamente quando fizemos tudo bem, e deixámos o ovo fora do frigorífico a aquecer, exactamente à mesma temperatura da mostarda e do azeite. E nos esforçámos disciplinadamente por não tremer, e deitar o azeite devagarinho e em fio, correspondendo a tudo o que a respectiva literatura aconselha e a tudo o que nos disseram aqueles que chegaram antes de nós.

Constança prefere, enquanto metáfora, o segundo milagre da maionese: a possibilidade de, a partir de uma maionese deslaçada, recuperar e conseguir a perfeição. Começa-se outra vez do princípio: atira-se uma gema para uma tigela e, em fio, o produto falhado como se fosse o azeite. E, misteriosamente, é possível, com a contribuição essencial do produto falhado, atingir a perfeição.

Ora, pensa Constança, a vida é uma maionese.

É uma maionese porque cada vez que a vida deslaça volta-se sempre ao princípio, utilizando as produções deslaçadas para compor novas misturas.

E quando falha o processo de recuperação da maionese - e falha montes de vezes, porque a maionese, já se disse, é um milagre - volta- -se outra vez à casa de partida e parte-se outra gema.

E outra. E outra. E outra, se tiver de ser.

Emulsionando cada gema com todas as produções falhadas.

E do produto deslaçado acontece às vezes uma maionese perfeita, solidificada e amarela e esponjosa, sem que saibamos ao certo como foi e porquê.|

Luís Viegas Moreira disse...

Resposta, a anónimo.

E no entanto, não deixa de ser maionese.

Então, a pergunta que se coloca, é:

Para quê, continuar a insistir em querer fazer,... a maionese perfeita?

Continua a ser, maionese.

É como o amor "contemporizador", ... não é, AMOR.

Então para quê, continuar a "contemporizar"?

Sabe porquê? Para quê?

É fácil.

Escorrega melhor.


Att.

Unknown disse...

Sim, Luís, obrigada pela disponibilidade em nos mostrares o que é necessário ser visto.
O resto, depois, é connosco.
E eu repito: mais do mesmo, não!
Aguardo pela emancipação! :)

Rita disse...

Pois é...tanto se fala da 'maionese'...perfeita imperfeita...sólida líquida...consistente deslaçada...mas não é assim a vida?! E o nosso percurso não é aprendermos com as experiências menos boas para alcançarmos a (chamada) perfeição? A Paz Interior? O percurso certo no rio (da vida)? Quando conseguirmos que a 'maionese' esteja sólida, consistente o suficiente, de forma a que a possamos saborear, sem escorregar, será que chegámos lá? Luís, foi muito importante a ajuda (vivencial), o 'empurrão' dado naquele Domingo, para entender melhor a 'maionese' que é a nossa vida. BEM HAJAM!!!!!

Luís Viegas Moreira disse...

Olá.

Rita.

Quanto mais "dura" a maionese for, mais dura é a vida. Mais "dura" você fica.

Não é por aprendermos a saber "aguentar" "tareias" da vida que ficamos mais fortes.

A questão é sempre a mesma.

Para que é que continuamos a "achar" que precisamos de "aguentar" as "tareias" da vida, para sermos merecedores, de algo?

Só quando a maionese for dura, como um diamante, é que temos valor?

Que valor é esse?


Valor de maionese dura.

Impossivel de engolir.


Esse é o caminho da dor.
No registo da dor.

À margem do rio.


Bom retorno.



Att.