Se o DESEJO que temos por algo respondesse de facto à real "necessidade" da nossa ALMA, há muito que estaríamos saciados.
Contudo, o desejo que identificamos como necessário a ser satisfeito, provém de uma necessidade que responde, a "uma dôr" por saciar.
Houve um momento em que o amor não fluiu. E esse momento ficou "cristalizado" em nós num nó que de tão apertado nos sufoca e magoa.
É a essa dor, a esse tipo de dor, que procuramos durante toda a nossa vida, dar uma resposta que sacie.
Como a dor de tão insuportavel por vezes se torna, da mesma forma nos revoltamos e agredimos, quem em nós, "ela" desperta.
Não se iludam.
Todos temos dores semelhantes. E todos estamos cá para aprender a reconhecer que o AMOR, não se detém perante a "nossa" dor.
Que o AMOR existe! Apesar da nossa dor que nos torna cegos, surdos, seres magoados e frustrados.
Quando aprendemos a reconhecer e a perdoar, em nós mesmos, as nossas próprias faltas, compreendemos as dos outros.
Este movimento, é um movimento que nos liberta do jogo do EGO e da dependência pela sobrevivência que "dele" temos.
Por isso procuramos nos "outros", "bodes expiatórios" para a nossa "indignação" ou mesmo para a nossa "glória". Vulgo: "sou uma porcaria", "nada me corre bem", "ninguém gosta de mim" - para - "sou o maior"! - a nossa condição de sobrevivência.
O AMOR flui por todos os nossos poros até ao momento em que pela 1ª vez parámos a reflectir, analisar: "o que é que se passou? Porque não fluiu?"
Aqui, socorremo-nos da nossa condição de sobrevivência e cristalizámos.
Temos andado toda a nossa vida a engendrar estratégias para permitir que o AMOR flua. No entanto, não compreendemos que o AMOR só pode fluir quando deixar de ser uma resposta nossa, à nossa dor.
O desejo de saciar a dor, torma-se num ciclo vicioso e viciado.
Estamos na trama que nós próprios engendrámos.
O essencial, é isto.
O AMOR é. - Logo - É AMOR.
E isto, deveria ser o que em si, se basta.
Então, ... porque não?
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Att.
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