segunda-feira, 27 de abril de 2009

A "CRISE" segundo Einstein

Deixo-vos com um texto que espelha o que venho "reflectindo" e que se adequa, sobremaneira, aos nossos dias. Ao nosso tempo.


A crise segundo "Einstein"


" Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado". Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la. "


"Albert Einstein "



terça-feira, 14 de abril de 2009

O "despertar" do Amor

Ou quando o Amor brota. Desimpedido.

Alguns de vós têm-me chamado a atenção para o facto de eu parecer "zangado" ou, de focar-me demasiado, na "dor".

Bom. Nem um. Nem outro.

Não zangado, mas antes esperançado em que se adquira um novo, olhar. Isso implica mudanças. Transformações, no íntimo, da compreensão. Tornarmo-nos desapegados do conflito e procurar as soluções.

Aqui entra o processo de compreender, "a dor".

Não sei se sabem, mas não fui eu que a criei.

Ela existe e está presente, EM TODOS NÓS.

O problema reside, em que continuamos a "senti-la", sem a compreendermos. Logo, rejeitamo-la por completo. Procuramos e encontramos, milhares de razões para afastá-la do nosso pensamento reactivo (ego danado), qualquer coisa serve para distrair-nos, e depois, andamos pelas "ruas da amargura" de rosto no chão, até que, decidimos abrir o peito, erguer a cabeça e andar em posse militar, para cair ao soar do primeiro (tiro) abalo. Depois desculpamo-nos com: "o tempo tudo cura e resolve". É verdade, mas só depois de largar e relaxar da dor e começarmos a viver, por aceitação. (Não disse, compreensão. Porque, isso, é outra coisa).

Este é o processo típico do "levanta-te e caminha" sistemático que levamos. Depois, cansados e exaustos, procuramos ajuda. Amigos. Família. Profissionais. Médicos. Bruxos. Médiuns. Gurus ... a lista é a que quiserem.

O que eu digo é: Isto não é necessário.

A dor existe porque, queremos tomar posse. Queremos estar e sentirmo-nos, seguros. Mesmo que a pirâmide esteja construida sobre um pântano.

Quando largamos, desapegamo-nos do que provoca dor, sufôco, etc, seja por compreensão ou aceitação. Ganhamos "AR". E respirar, é importante. Vital.

E isto é, o princípio do Amor.



Recebo dezenas de emails diariamente a exaltar as qualidades e as virtudes do Amor.
Que é isto. Aquilo. Que é assim. Que é desta forma. Aquela outra. Enfim. Cada qual com a sua "visão". E pergunto-me.

- Afinal, o que é que as pessoas querem?

O que vejo, leio, etc, é as pessoas a quererem controlar a sua dor transportando-a para lugares, situações ou pessoas, idílicos. Criando ILUSÃO.

E isso, não é, Amor.

Por vezes, e por força das circunstâncias, somos forçados a ter de lidar com a dor que os "outros" nos passam, ou dão. Normalmente, e digo isto no sentido geral, é por algo que já sentíamos, dentro de nós, ser verdade, mas que não quisemos escutar. Ligar. Dar atenção. PORQUE. Implicava mudar algo que nos seria, DESCONFORTÁVEL. E isso é muito chato. Dá trabalho.


Às vezes, sabemos que vamos pelo caminho que leva "à destruição" do que queremos construir e não paramos. O "outro", espera e aguarda, ou prevê resultado catastrófico e nem quer saber, e depois, perguntamo-nos, PORQUÊ!?! ...

Outras vezes, assistimos, impotentes, ao desabar de algo que criamos ser RICO. Importante e de felicidade futura. Mas temos de aceitar (largar o apego) que nem todos temos a mesma estrutura, força, bagagem. (A imagem que me vem é a de um ciclista a subir o Everest). No mesmo tempo. No mesmo momento. E é preciso, deixar ir.

Caso contrário, somos "obrigados" a largar. À força. E quanto mais à força, mais magôa. É preciso coragem para dar tempo para que o que foi, se revele, no novo.

E isto, é-nos pedido diariamente desde as mais simples coisas, às mais intrincadas. A nível pessoal, familiar e profissional.

Largar, desapegar do que nos causa dôr, é também dar espaço para que o que magôa deixe de ter ímpeto para o fazer. Se não há contra o que embater, esbate-se por si mesmo. Seja idéias, conceitos, formas, do passado, de pensamentos ou comoções emocionais e até, físicas.

Se todos pudermos agir desta forma, podemos, todos, começar a compreender que o que nos retém, é o medo de perda de control sobre o que nos magôa e logo, daí, nos aprisiona em si mesmo.

O "despertar" para o Amor dá-se no preciso momento em que compreendendo, ou aceitando, nos "autopropomos" a dar um salto no escuro, sem rede. Havia algo a que estávamos apegados e que conhecíamos, de sobra, (nos retinha, prendia e segurava) e que agora já não temos, dominamos, ou controlamos.

Acreditem!

Os braços vazios servem para ajudar-nos a "equilibrar", no escuro.

É para este "despertar" para o Amor que venho proclamando. Alerto e procuro transmitir.

Mas para isso, é preciso disposição para dentro de nós, abrirmo-nos à TRANSFORMAÇÃO que nos guia da Dor ao Amor.




Ao organizar e propor, encontros de Constelações Sistémicas Familiares, pretendo tão só, criar a oportunidade para que cada um, ao expor e aclarar o que no seu mais íntimo o retém, possa libertar o amor, na sua vida.




segunda-feira, 6 de abril de 2009

EDUCAR . EDUCAÇÕES . PEDAGOGIAS

Nos últimos dias tenho recebido vários emails dedicados à educação de crianças, desde tenra idade ao início da fase adulta.

Pretendem, esses emails, alertar à necessidade de dar uma "boa" formação/educação, desde a infância, às crianças.

Compreendo que há, em todos nós, preocupação por este tema. De uma correcta avaliação depende muito o futuro, para os que virão.

Quando somos pequenos, aprendemos desde logo a pensar, quando não, a dizer: - Quando for grande e tiver filhos, farei isto e não farei, aquilo. Serei e não serei, igual aos meus pais, ou aos pais dos outros.

Ou seja. Por comparação perante o que é a nossa dôr ou alegria, faremos ou não, diferente.

Quando somos pais, apercebemo-nos de algumas coisas, interessantes. Damos connosco a repetir coisas que nos fizeram, ou a fazer tudo para não fazermos, em jeito de conpensação, o que nos fizeram. E mais, exageramos.

É claro que procuramos um equilíbrio. Mas como o podemos nós ter? A nós disseram-nos, isto é certo (vs) isto é errado. Assim és bom (vs) assim és mau. Assim gosto de ti (vs) assim não gosto de ti. Assim apanhas (vs) assim dou-te um beijo, ou não to dou porque é o que é esperado que faças. ... ... ...

Desculpem lá! Mas querem que os vossos filhos sejam iguais a vós?

Ao adoptarmos uma linha de conduta formativa, estamos a educar as crianças no que PARA NÓS é, ou não, importante.

Valorizamos ou desvalorizamos. Apontamos. Ajuizamos. Criamos níveis de valor. Criticamos. Opinamos. FAZEMOS EXACTAMENTE O QUE OS NOSSOS PAIS, EDUCADORES E FORMADORES, NOS FIZERAM. A única diferença, é que (agora é a nossa vez, e) é segundo a nossa moral e juízos de valor.

A criança, não tem consciência. Tem sede de descoberta. E descobre segundo o seu próprio ritmo. Nós, porque temos pressa e nem por isso tempo, é que PARA NOSSA SEGURANÇA E BEM-ESTAR providenciamos uma formação DOS PERIGOS da vida, às crianças. Pretendendo ensinar-lhes, "coisas".

Continuamos a querer dar o melhor para que a criança seja "alguém" na vida e tenha, posses. Não para que seja, "o que é".

A criança procura seguir o exemplo dos adultos. Mas como explicar a uma criança que o que nós fazemos "é seguro"(?) mas se for ela a fazer já não o é?

A pergunta é. Porque é que eu faço "coisas" que põem em causa a vida de uma criança que não tem consciência do perigo? Do risco que corre do que vê aos pais, ou referências, fazer?

Andamos a distribuir "galhardetes" de (ir)responsabilidade uns aos outros e as crianças (principalmente as mais velhas) é que acabam por ficar com o "ónus"?

Porquê?

Para justificar o nosso, "NÃO QUERO OLHAR"?

Hoje em dia, ouve-se e vê-se cada vez mais falar em, pedagogias de educação para as crianças. Mas quando é que nós "ADULTOS(?)" deixamos de ser pessoas assustadas que vivem no medo de errar ou parecer bem? Até já temos cada vez menos filhos para não termos de preocuparmo-nos com eles. Somos cada vez mais egoístas e fechados em nós mesmos. Lidar com uma criança? "Tomara quem cuide de mim!".

Então refugiamo-nos atrás da nossa própria dôr. E passamos a nossa própria dôr, pelo susto ou medo que dela temos, aos nossos filhos. Na verdade somos nós, as crianças assustadas.

Assim, refugiamo-nos atrás de colégios, amas, centros pedagógicos, psicólogos e psiquiatras (estes agradecem), centros de ensino especial, escolas ou colégios "bons", de "boa" formação; procurando nada mais, do que sossegar o nosso íntimo. Inquieto. Acima de tudo porque, não temos tempo. Dinheiro. Disponibilidade, para os nossos filhos.

Entregamos e confiamos os nossos filhos ao que nos "outros" nos "parece", sólido. Seguro. Porque em nós, não é. E temos medo, de não o ser. Pior, é que digam que não somos bons pais, e vai daí, tiram-nos os filhos. etc. etc. etc. ...

Qual é de facto, a nossa maior surpresa e alegria para com os nossos filhos? Quando eles, per si mesmo revelam-nos, sem que lhes tivéssemos dito ou pedido, as descobertas últimas do dia. Principalmente quando os vemos erguerem-se, um dia, e darem os primeiros passos, sem ajuda ou sugestão nossa. Simplesmente, fazem-no! Quando damos às crianças, a possibilidade de descobrirem as coisas per si sem interferência "nossa", elas presenteiam-nos, diariamente. Deixar que seja a criança a mostrar-nos como é bonita uma flôr, uma côr, uma paisagem, o vôo do pássaro, um olhar pleno e cheio (até rebentar) de amor, as primeiras sílabas articuladas que elas fazem o favor de mostrar que já sabem, é pedir muito?

Mas temos medo de esperar demasiado tempo e de no tempo deles não descobrirem "aquilo" que a nós, nos mete medo. Esquecemos que ao fazer isso, iniciamos um processo inibidor que vai gerar neles, a necessidade de "desvendar", o que a nós nos mete medo. O resgate da dôr, nos pais, pelo amor dos filhos. O mesmo se assiste nos animais de estimação que temos em casa e que cuidamos como se fossem da família. Fazem tudo para nos compensar e se preciso fôr, até morrem.

Nas últimas sociedades, aínda "primitivas", assistimos ao desabrochar da criança pela alegria de estar viva e em contacto com a natureza. A sua descoberta é a descoberta da vida. Pela vida. O sorriso da surpresa e do espanto natural perante as manifestações que a vida apresenta. Não há certo nem errado. Há um contribuir, não para melhorar, mas para integrar. Não há pressas.

Há uma compreensão natural de que a vida é para ser vivida feliz e alegremente. Que cada membro, colabora, coopera e integra toda uma sociedade perfeitamente estruturada.Pacífica e tranquila.

Sempre que colocamos numa criança um "olhar" nosso, inibimo-a que desperte, o seu "próprio" olhar. Aquilo que não queriamos dos nossos pais, fazemos aos nossos filhos. Pelo nosso medo, tentamos proteger os nossos filhos. NÃO É PELO AMOR.

Enquanto uns crescem em liberdade e felizes, outros, procuram sistemas pedagógicos cada vez "mais seguros".

Quando o que necessitamos para viver em felicidade e liberdade, é, o que já esquecemos.